Medicação a bordo - como transportar?


Por se tratar do meio de transporte que mais regras impõe no transporte de bagagens, de seguida apresentar-vos-emos as principais dicas para viajar de avião com medicação.

À exceção de medicação que possa fazer falta durante o voo ou imediatamente antes ou após ou aqueles medicamentos que necessitem de cuidados extra no transporte, todo e qualquer medicamento deve ser acondicionado na bagagem de porão, sempre que esta exista.

Falemos então do que terá que viajar na bagagem de mão. Caso se tratem de comprimidos ou pós, o seu transporte não requer cuidados demais e não existem limites de quantidade. No caso de se tratar de xaropes ou soluções orais, as regras a aplicar serão as mesmas do que todos os outros líquidos. Deverão ser acondicionados numa bolsa transparente, em frascos que não ultrapassem os 100ml e 1L no total das substâncias líquidas. Caso a quantidade a transportar seja superior, ou caso se tratem de aerossóis ou medicamentos injetáveis, os mesmos deverão ser acompanhados de receita médica e/ou justificação médica que ateste a necessidade dos mesmos. Sempre que possível, a receita deve ser prescrita em denominação comum internacional e a declaração em inglês, por forma a tornar o seu controlo mais fácil nos vários países.


Todos os medicamentos devem, idealmente, ser mantidos nas suas embalagens originais, com o respetivo folheto informativo, para que possam ser identificados mais rapidamente no controlo alfandegário e também numa situação de SOS.

Caso seja necessário transportar medicação que necessite de ser acondicionada entre os 2º e os 8ºC, a mesma deverá ser acondicionada numa mala térmica e, à entrada do avião, ser colocada no frigorífico do mesmo. Para que tudo possa decorrer sem contratempos, a companhia aérea deverá ser contatada atempadamente, de modo a informar desta necessidade.

Para transportar seringas ou agulhas para a administração de medicamentos , será necessária uma autorização prévia por parte do Instituto Nacional da Aviação Civil.

Para o voo, para além de medicação crónica, poderá ser necessária medicação para o próprio voo em si, como sejam descongestionantes nasais para quem sofre com as diferenças de pressão; tampões auriculares para proteger do ruído (e aqui chamo a atenção para quando retirarem os tampões, o façam à vez e nunca os dois ao mesmo tempo, para aliviar a pressão mais facilmente); antieméticos para quem enjoa em viagem (estes deve ser tomados cerca de 30 minutos antes do início da viagem e, caso se trate de uma viagem longa pode repetir-se a toma ao fim de 6h); calmantes ou medicação que ajude a dormir.

Quanto a esta questão do medo/ansiedade de voar, para além de medicação adequada ao efeito, deverá ser informada a tripulação, para o caso do passageiro necessitar de apoio em especial.

Durante o voo, recomendo ainda que se façam acompanhar de lubrificante ocular por causa do ar condicionado; solução para as lentes de contato; um batom para o cieiro, toalhitas de higiene e toalhitas desinfetantes; pasta e escova de dentes.

Ressalvo ainda a importância dos horários da medicação crónica, uma vez que a viagem pode passar por vários fusos horários, o que pode tornar o esquema da medicação confuso. Nestes casos, o melhor será sempre pedir ajuda ao vosso médico assistente ou na vossa farmácia porque, se por uma lado temos medicação que deve ser mantida sempre no mesmo horário, outra deve ser mantida em determinadas alturas do dia como sejam as refeições ou a hora de levantar ou de deitar.


Boas viagens… e muita saúde…




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